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O Banquete

29/3/25__17/5/25

O banquete, Adriano Franchini

Quantas ações existem em um banquete? Mais que atos, quantos objetos ali se dispõem e o
transformam em uma cornucópia de ressonâncias sobre os presentes? Neste lugar concêntrico,
onde acomodam-se os convivas, Pé de Pavão nos convida a desfrutar de suas complexidades
antagônicas e sincrônicas advindas do amor.
Em Pai e Mãe, música de Gil, o eu-lírico diz ter passado muito tempo aprendendo a beijar outros
homens como beija seu pai, ter passado muito tempo para saber que a mulher que amou, que
ama e que amará, será sempre a mulher como é sua mãe, para, na estrofe seguinte, perguntar-se
como vão os dois e investigar suas angústias nesta paisagem vasta, cerrado ora vazio, ora
emaranhado, ora espinhento e ora florido das suas primeiras referências de amor. Ao servir-se do
amor em suas diferentes formas, um prisma lança luzes decompostas sobre o banquete ofertado
pelo pintor, que vem do Vale do Mucuri e que, pela primeira vez em sua obra, abre as vias de
espreita para o mundo lá fora, onde estamos e donde espiamos, pelas janelas, seus muitos
fragmentos unirem-se em discursos amorosos, sua ode particular a Eros.
Em pinceladas localizadas, que contam do interior sem perder o que se passa fora, o artista
constrói os espaços a partir das suas inúmeras menores partes maiores que a grandeza em si.
Gustavo Brito, então, preenche a trivialidade com cores e com multiplicidade de formas,
características recorrentes no seu trabalho, em temas caros às minúcias de sua infância,
adolescência e re-descoberta.
Ao olhar para este banquete, ressoam sensações de véspera, similares àquelas do banquete de
Platão, em que, a partir do excesso, chega-se à abundância do amor que transborda, que jamais
é relegado ao esquecimento e que exige ser dito, histórias desvendadas nos espaços e nas
pessoas que nos aguçam o apetite pela vida e nos colocam no movimento das buscas.
Alguém com olhos e coração bem abertos
Para me compreender

Texto crítico: Tamilla Moura

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